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Mostrando postagens de abril, 2013

Lições nossas de cada dia

Quem utiliza frequentemente os meios de transporte coletivo da cidade do Rio sabe que existem lições básicas a serem aprendidas. São  macetes  que tornam a viagem menos desagradável e um pouco mais prática. Abaixo estão algumas dicas: 1 . Se você está carente ou sentindo falta de alguém, abrace o ferro do metrô, trem ou ônibus. Essa dica é infalível, não há nada mais reconfortante. 2 . Se você está cansado de um longo dia de trabalho e mais uma vez está viajando em pé, aproveite as portas do trem ou metrô, deite-se sobre os ferros ou, ainda, sente-se nos degraus da porta de desembarque do ônibus. 3. Se o maquinista disser "este trem está sendo vistoriado" nas estações de Deodoro ou Engenho de Dentro, de duas uma: ou o trem vai "variar" ali mesmo ou o condutor está enrolando para bater sua carga horária e fazer um número menor de viagens. 4 . Se você chega na Central do Brasil e vê vários guardinhas da Supervia e mais alguns policiais, nem adianta querer tap...

Leituras, a retomada!

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Órfã. Foi assim que defini meu sentimento depois de ler Querido John . Depois de praticamente 4 anos sem ler descompromissadamente (o que me desse na telha, sem precisar gastar todo meu tempo com leituras  obrigatórias da faculdade) terminei o primeiro livro pós-formada. Na verdade foi um suspiro, mal comecei, acabei. Romance. Talvez seja essa uma das possíveis justificativas para eu ter lido tão rápido. Mas a narrativa envolvente e descritiva do autor, Nicholas Sparks, me carregou pelas páginas em poucas viagens de trem. Com altos e baixos, lia compulsivamente. Foi um misto de uma possível crise abstinência saciada e empolgação com o enredo. Enfim, a história pode ser considerada triste pelas românticas de plantão (como eu!), mas não deixa de ser um relato da vida real, quando nem sempre as coisas terminam ou se desenrolam como esperamos. Assim como em filmes, gosto de livros que trazem mensagens, ensinamentos. E Querido John acertou em cheio nesse quesito! É triste, mas é...

Do outro lado da plataforma

Nossa cidade está cheia de contradições, os choques estão presentes no nosso dia a dia de forma tão constante que muitas vezes nem nos damos conta. Passamos por mendigos no Centro do Rio apressados e eles tornaram-se, de alguma forma, personagens que compõem esse cenário. (Usei o nós como forma de generalizar, mas quando se trata dos meninos na Central, não consigo ignorar e sempre bate uma tristeza e rezo por eles...) Mas quando se está do outro lado (aquele que não é o habitual) é que nos damos conta disso. Todos os dias pego o metrô na volta para casa, sentido Zona Norte, desta suburbana assumida que vos fala. No entanto, recentemente, ao sair do job , fui para a plataforma da Zona Sul esperar o namô para uma saidinha de meio de semana ( tinhaque comemorar minha colação oficial #aproveitandocadasegundo). E foi aí que estudei as diferenças brutais separadas tão somente pelos trilhos. A sensação era estranha... Plataforma vazia no vai e vem dos metrôs, bancos disponíveis para se...