Da dor e delícia de se formar


Quatro anos se passaram num clique. Quando dei por mim estava às voltas com uma monografia que parecia não chegar nunca às mínimas 40 páginas. Até que a cria nasceu de parto normal e um pouco doloroso. Sorte a minha ter um churrasco de formatura para comemorar e aproveitei cada segundinho.

Uma semana depois, a colação fake. Sorrisos, lágrimas, lembranças, beijos e abraços. E a saudade já começava a despontar insinuando que alguma coisa estava chegando ao fim e uma nova etapa estava prestes a começar. O paraninfo, então, tocou exatamente nesse ponto: crescer, "virar" gente grande.

Mais dois dias e apresento minha monografia. Sucesso total apesar da apreensão e do trabalho sofrido feito praticamente do Carnaval pra cá. Aprovada. Eee!

Depois veio a festa de formatura, quanta elegância! A emoção de usar longo pela primeira vez, com todo glamour (porque não desci do salto e dancei a festa to-da!). Até que toca a última música, não tenho certeza, mas acho que era Jorge Ben. Mas a palavra última tinha um peso muito grande. Meus olhos se encheram de lágrimas, era mais um anúncio do fim. Preferia que esse fim continuasse se alongando... Fim de festa e os pés começaram a gritar por socorro.

Na semana seguinte chegou o email que indicava que as coisas seriam oficializadas: colação oficial com data e hora marcada. E o dilema se apresenta mais uma vez: que bom que vou resolver tudo direitinho! x que pena que vai acabar de verdade... A ideia de vida de gente grande e formada que tem um trabalho e contas para pagar. E que, por mais que pretenda continuar estudando, a carteirinha de estudante está prestes a vencer (restam alguns meses apenas, tenho que ver todos os filmes em cartaz para aproveitar ao máximo a meia entrada!!!).

É esse tipo de coisa que me assusta. Embora os 18 anos já tenham passado há mais de 4 anos, nunca me senti verdadeiramente adulta. Agora sou uma jovem, porém praticamente adulta de verdade porque até me formar eu já me formei... Imagino que depois dos 25 anos isso tudo pesa mais (rs), mas confesso que ainda não aprendi a lidar com essa nova fase que está prestes a começar.

Tudo bem que sou uma pessoa responsável e comprometida, mas será que estou preparada? Talvez tenha que parar de divagar e começar a viver de fato, com entregas e sem tantas inseguranças. Se cheguei até aqui não foi por acaso e disso eu tenho certeza. Então, mãos a obra!

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