Felicidade Roubada

Felicidade Roubada, de Augusto Cury, vai muito além de um simples livro de auto ajuda (sem, é claro, desmerecer o gênero). Mais uma vez o psiquiatra utiliza-se de um enredo comum ao nosso dia a dia para desvendar alguns dos mistérios da mente humana.

Dr. Alan, um conceituadíssimo neurocirurgião, sempre cheio de compromissos, entre cirurgias, redação de artigos e palestras, parece nunca ter tempo para sua esposa e filha. Um dos dramas da sociedade moderna, quando o trabalho se sobrepõe à família e a tantas outras questões importantes. Em um determinado momento, no entanto, a mente do médico o sabota e começa a demonstrar sinais de esgotamento. Ele começa a perder o controle sobre suas emoções.

O início me pareceu um pouco clichê, mas é justamente no desdobramento do problema até a sua solução que se encontra a riqueza do livro. Augusto Cury utiliza argumentos científicos para respaldar todo o tratamento pelo qual Dr. Alan passa.

Ao longo da história identifiquei expressões e termos que são peculiares da sua escrita, o que demonstra uma coerência muito interessante e importante, já que as obras se encaixam e complementam. Digo isso porque já li alguns outros títulos do autor: Você é insubstituível, Seja líder de si mesmo e O vendedor de sonhos.

A mensagem principal do livro é que, diante da crise, precisamos tomar as rédeas da nossa emoção e impedi-la de dominar nosso raciocínio. Diante de tantos avanços tecnológicos, o homem ainda não conseguiu aprender a gerir seu Eu. "Devemos passar da era da informação para a era do Eu como gestor da mente humana".

O personagem principal (e o leitor!) pouco a pouco aprende sobre o funcionamento da sua mente, sobre a Síndrome do Circuito Fechado da Memória e técnicas para lidar com seus problemas e gerir de forma lógica e coerente seus pensamentos.

Ao longo da leitura, tive vontade de conhecer mais sobre o assunto, sobre o funcionamento do nosso cérebro e memória, elementos cheios de mistérios a serem desvendados. Poderia detalhar mais os assuntos que o autor traz para Felicidade Roubada, mas preferi me limitar a recomendar o livro e convidar para um mergulho nessa temática tão instigante.

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