Uma Estranha Família
Assim que comecei a ler, resolvi pesquisar sobre livro e autor para tentar encontrar uma opinião interessante. Duas informações chamaram a minha atenção: a primeira é que o autor levou nada menos que 55 anos para terminar de escrevê-lo! E a segunda é que Ray Bradbury também escreveu Fahrenheit 451 (em nove dias!), livro que conheci recentemente e pelo qual me interessei. Com alguma motivação a mais, dei prosseguimento à leitura com altos e baixos.
Toda a história de Uma Estranha Família gira em torno da Casa e seus mistérios. Os habitantes preparam-se para as festividades do regresso ao lar, quando outros membros da família se reúnem nesse ambiente. Ao longo do livro são descritos diferentes personagens e pequenas histórias de cada um deles, com suas características especiais e únicas, à exceção de Timothy, único mortal.
Dentro do que pude compreender, com o desenrolar dos capítulos as coisas começaram a fazer mais sentido. Ainda assim, no entanto, achei a narrativa muito fragmentada e com algumas transições temporais complexas. Sempre que estava me envolvendo com a história de um determinado personagem, o fim de um capítulo marcava a ruptura de todo o raciocínio que eu havia construído até ali e parecia que eu precisava começar do zero um enredo totalmente novo.
No Posfácio, o autor conta que a história de Uma Estranha Família começou com o conto A Volta ao Lar em 1945, o que ele chama de "a primeira história da minha Família". Esse detalhe me fez pensar que talvez o livro seja, na verdade, uma coletânea de contos, por isso a falta de linearidade. De todo modo, é interessante ver o carinho com que ele fala sobre o livro inspirado nos Dias das Bruxas de sua infância e nos membros de sua própria família.
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