O Garoto no Convés

Mais um livro! Estive tentando fazer as contas para saber em média quanto tempo levei para terminá-lo, mas não cheguei a nada muito concreto. Acho que algo em torno de um mês e mais alguma coisa. Muito tempo para um bom livro. (Mas nesse meio tempo reli o amado Você é Insubstituível ♥ e pouco ou quase nada li em casa, priorizei as viagens de trem e como é um livro grosso e pesado o deixei na mesinha de cabeceira por alguns dias.)

Deixando contas de lado, O Garoto no Convés, de John Boyne, é um livro envolvente, talvez não o tenha deixado me envolver tanto quanto gostaria pelos comentários acima. A história baseada em fatos reais me chamou a atenção quando li a sinopse, além é claro da boa referência que tinha do célebre O Menino do Pijama Listrado (do mesmo autor). Não lembro muito bem da história deste, mas era algo delicado e marcante, com toques de realidade que transportavam o leitor a um passado que talvez ele nem tenha experimentado, como era o meu caso.

Em O Garoto no Convés, o jovem Turnstile é personagem principal-narrador e nos conduz para a Inglaterra no século XVIII em tempos de navegação e conquista de colônias por todo o mundo. Em muitos momentos é difícil imaginar alguns cenários e situações, mesmo com excelentes descrições, porque me parecem muito distantes e os conheço tão somente de fotos, ilustrações e aulas de História. Mas talvez exatamente isso tenha me encantado: a oportunidade de navegar com o personagem e toda a tripulação do Bounty por aventuras hoje inimagináveis.

Assistimos ao mestre John Jacob Turnstile crescer e amadurecer a duras penas. A aprender valores como lealdade e honra, sexualidade, amizade e caráter. O livro nos mostra que pode valer a pena seguir bons princípios e sermos fiéis àquilo que acreditamos, mas que a tentação e as provações aparecerão mais cedo ou mais tarde e nesses momentos vemos o quanto estamos firmes em nossos propósitos.

Do ponto de vista do “gramatiquês” de John Boyne (não posso comparar com O Menino do Pijama Listrado porque já não me lembro, preciso relê-lo!), mas me deparei com inúmeras expressões difíceis, talvez arcaicas para nossos dias. O contexto, no entanto, facilitava o entendimento e era possível ter uma compreensão geral. Fora isso, o uso da expressão “muito embora” é recorrente e em alguns momentos me irritou. rs

A história é boa e baseada em um motim real. Vale a leitura!

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