Sobre bebês e o milagre da vida
Penso que ter um filho é algo que vai muito além do cuti cuti, que coisinha fofa ou do "só me senti completa depois que fui mãe". Essas podem ser consequências, mas existe muito mais envolvido. É uma decisão importantíssima para o casal (em especial para a mulher) que precisa ter maturidade para lidar com a ideia de um novo membro na família, com as noites mal dormidas, com um serzinho que depende de você, com a responsabilidade de fazer dele um bom cidadão etc etc.
Não quero aqui dizer que a maternidade é algo negativo (às vezes sou mal interpretada, do tipo: você não quer ter filhos?! Como assim?!). Não sei exatamente quantos filhos quero ter, mas costumo dizer que terei um para ver como é essa tal experiência que dizem ser a melhor coisa do mundo. Porém, costumo dizer que um filho é algo muito forte. Aí você pergunta: _Como assim? Digo isso pelas questões que vêm com o filho (algumas citadas acima), mas principalmente pela ideia de que existe uma vida que pulsa dentro de você. Isso já é um milagre. E por ser uma milagre, já é algo forte.
Na verdade acho que é uma sucessão de milagres. Primeiro, um espermatozoide espertalhão passa por diversos obstáculos e finalmente encontra o óvulo e o fecunda. Isso já um milagre se considerarmos todos os outros que fracassaram pelo caminho. Depois, ao longo do desenvolvimento de cada parte do corpinho daquele ser humano, muitos pequenos milagres acontecem a cada centímetro que é formado com sucesso. Quando o bebê vem ao mundo perfeito nem sempre nos damos conta, mas é um milagre. E toda a sua vida será assim a cada pequena conquista e crescimento.
O milagre da vida continua a se revelar em muitas outras situações. Recentemente tenho enfrentado alguns problemas de saúde em minha família. Mas enquanto pensava sobre essa coisa de cada pedacinho de nossos corpos e como o funcionamento do ser humano é perfeito e foi milimetricamente projetado por Deus, fico impressionada. Tudo se encaixa. E mesmo pequenas "imperfeições" (se é que podemos chamar assim) não diminuem a grandiosidade da vida, do que significa viver.
O que é um dedo a mais ou a menos, uma verruguinha ou outro detalhe qualquer diante de um coração que bate continuamente (Fiz um ecocardiograma e ainda estou com o som do meu core em mente. A experiência é forte! rs) e de um cérebro que raciocina, cria e imagina? Nossa... É inacreditável! Pena que já caiu no senso comum e respirar é tão normal quanto caminhar ou pensar. Valorizemos mais nossos suspiros, mesmo que sejam de tristeza porque é sinal de que ainda temos o que aprender e, principalmente, viver.
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