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Mostrando postagens de 2016

Pantanal, primeiras impressões

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Por que Pantanal? A escolha do destino e informações iniciais. Como contei no último post, optamos pelo Pantanal norte, mais precisamente, Poconé . Partindo do Rio de Janeiro, não há voos diretos para Cuiabá, por isso é necessário fazer uma conexão em São Paulo ou Brasília. Fomos para Brasília e de lá para a capital matogrossense. Do alto já víamos aquelas características conhecidas do Centro-Oeste do país: muito verde , lagos artificiais para melhorar a umidade do ar e planícies sem fim. O aeroporto de Cuiabá é bem pequeno, descemos no meio da pista e ficamos surpresos porque os horários de nossos relógios e celulares não batiam! Fomos recebidos pela diferença de fuso , uma hora a menos. Pegamos o carro reservado com a locadora e seguimos pela estrada. O caminho até a Transpantaneira é muito fácil e asfaltado, o GPS dá conta do recado tranquilamente. Passamos por um trecho urbano onde há vários radares, fique atento. Portal de Poconé Pouco depois de chegarmos à Poconé, o ...

Pantanal, mais um bioma na bagagem

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Férias a vista e qual seria nosso destino? Estávamos sem muitas ideias e resolvi pesquisar quais os melhores destinos para o mês de maio. O Pantanal quase sempre aparecia nas listas e era um lugar que o namorado já tinha demonstrado curiosidade de conhecer. Topei a aventura e assim ficou decidido. Confesso que não estava tão empolgada e nem com muito tempo disponível para fazer longas pesquisas e montar um roteiro detalhado. Logo percebi que não há muita informação nos sites e blogs de viagem e muito do que se dispõe é visivelmente voltado para estrangeiros. Procurando com calma fomos nos ambientando. O Pantanal é "dividido" em Pantanal norte , parte que ocupa o estado do Mato Grosso, e Pantanal Sul , no Mato Grosso do Sul, onde está sua maior extensão (considerando apenas o território brasileiro). Para chegar, é necessário ir até a capital de cada um dos estados, Cuiabá ou Campo Grande, respectivamente, e de lá percorrer um trecho de carro. A princípio, íamos para o l...

A Lista Negra, Jennifer Brown

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A Lista Negra , de Jennifer Brown, já poderia ganhar uma primeira estrelinha pelo assunto escolhido para debate e reflexão: bullying. O romance adolescente aborda o tema através da perspectiva da vítima, com seriedade e linguagem acessível. Valerie e seu namorado, Nick, são alvos de uma série de brincadeiras de mau gosto dos colegas de classe e criam uma Lista Negra ondem relacionam os nomes de todos aqueles que lhes fazem mal. Nick, no entanto, leva a lista a sério e em um determinado dia chega armado à escola, atinge várias pessoas e fere outras. Val tenta detê-lo e acaba atingida, em seguida Nick comete suicídio. O relato em si já é muito triste e nos faz revisitar uma série de histórias parecidas que ocorreram nos EUA e até mesmo aqui no Brasil. O romance chama a atenção para os riscos que brincadeiras aparentemente inofensivas podem gerar. A tragédia, entretanto, vai muito além do atentado, das perdas e sequelas e é isso que Jennifer Brown explora, os desdobramentos e marcas que...

O Filho de Ester, Jean Sasson

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O Filho de Ester , de Jean Sasson , foi um dos livros que comprei em uma promoção sem nunca ter ouvido falar sobre. A sinopse me interessou e coloquei no carrinho para garantir o desconto! rs O livro traz a história de pelo menos duas gerações de algumas famílias no contexto da Segunda Guerra Mundial e em seguida nos conflitos árabe-israelenses que se desenrolaram no Oriente Médio. Para quem gosta de narrativas históricas, O Filho de Ester é um prato cheio. Embora a autora declare que esse é um romance de ficção, toda a sua ambientação é real, inclusive muitos capítulos são abertos por breves resumos do contexto histórico/político para situar o leitor sobre o desenrolar dos acontecimentos. Minha leitura foi muito fragmentada, lia e dava longas pausas, o que, sem dúvidas, compromete muito a experiência. Por isso fiquei com a sensação de que a história só se desenvolveu melhor a partir da metade (são quase 500 páginas!), quando mergulhei de verdade nas tramas. O livro é inten...

O menino do pijama listrado, John Boyne

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Minha memória não é lá essas coisas e esqueço muito facilmente as histórias dos livros que leio ou filmes que assisto. E esse foi um dos motivos para a criação desse blog, ter um registro das minhas leituras. Portanto, nada mais justo que reler alguns livros que gostei muito. E o eleito foi O menino do pijama listrado , de John Boyne. O autor tem uma escrita muito agradável (já li O garoto no convés também) e as 186 páginas fluíram em algumas viagens de trem. Bruno é um menino alemão de 8 anos e é surpreendido ao chegar em casa e saber que a família toda se mudaria. Ele amava sua casa, a cidade e seus "melhores amigos da vida toda" e a mudança não parecia uma boa ideia. Ao chegar no destino, Haja-Vista, Bruno logo percebe que ali não havia muito a explorar ou outras crianças para brincar. No entanto, seu pai, que agora era chamado de comandante, tinha um emprego muito importante para o país. Entediado, ele resolve caminhar além dos limites da casa nova e chega até a...

Número Zero, Umberto Eco

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Achei a capa linda! Acho que meu primeiro contato com Umberto Eco foi em uma aula de Teorias da Comunicação, quando aprendi a distinção que o autor faz entre apocalípticos (frankfurtianos) e integrados (funcionalistas) em uma de suas obras. Discussões teóricas a parte, alguns de seus livros foram citados e muito elogiados pelo professor e alguns alunos. Anotei os nomes e logo depois comprei o e-book de "O nome da rosa", seu primeiro e mais consagrado livro. Não sei por que, mas ainda não li o clássico, comprei seu último lançamento, Número Zero , e esta seria a minha primeira leitura do italiano Umberto Eco, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo. Infelizmente, quando ele faleceu era seu romance que estava na minha cabeceira. Sobre Número Zero: não gostei. Não sei se tinha expectativas muito altas devido ao currículo do escritor, mas já vi algumas resenhas ressaltando que esta não era sua obra-prima. Ainda assim, consegui extrair algumas coisas bastante interessa...

Milagres, Pe. Reginaldo Manzotti

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Milagres é o primeiro livro da trilogia Sinais do Sagrado, do padre Reginaldo Manzotti . O segundo título, Parábolas, foi lançado ano passado e o terceiro, Encontros, deve sair em 2016. Com estrutura semelhante aos livros Ágape e Kairós, do padre Marcelo Rossi, cada capítulo traz uma passagem bíblica que é detalhada e, ao final, pontos para reflexão, um salmo e uma oração. Padre Reginaldo Manzotti elege sete milagres realizados por Jesus e analisa cada detalhe, simbolismo e mensagem presentes nas palavras e atitudes do Messias. A leitura é muito agradável e faz um verdadeiro convite a um olhar mais atento à Palavra e aos ensinamentos que ela nos oferece. Além disso, promove uma reflexão sobre nossas atitudes, escolhas e comportamentos. Os questionamentos do "Para meditar" e as orações ao final de cada capítulo trazem para a atualidade o que lemos na Bíblia, nos aproximando do texto sagrado. Milagres é um livro excelente para esse início de Quaresma, tempo de conversão...

Um dia

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Um dia , de David Nicholls, conta a história de Emma Morley e Dexter Mayhew. O casal de jovens tem seu primeiro encontro no dia da formatura da faculdade, em 15 de julho de 1988. A partir daí são encontros e desencontros pelos próximos 20 anos. E cada capítulo narra o desenrolar da vida dos dois, sempre no mesmo 15 de julho, ano a ano. A leitura de Um dia foi uma sequência de altos e baixos, bem no ritmo do casal! rs No início não estava gostando muito porque aquele intervalo de um ano entre cada capítulo deixava uma lacuna e as informações pareciam desconexas. Avançando um pouco, me acostumei com o ritmo da história e a estrutura desenvolvida pelo autor. Foi lá pela metade que comecei a me identificar com a Emma e a torcer pela felicidade dos dois. Até um fato específico acontecer e tirar toda a graça da história de novo... Não posso dizer que recomendo, mas também não é uma leitura ruim. Encontramos personagens muito humanos, com seus egos, inseguranças, erros, atitudes questio...

Eu sou Malala

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Leitura obrigatória. Não poderia começar esse post sem uma recomendação, ou melhor, um convite à leitura de Eu sou Malala , de Malala Yousafzai (Nobel da Paz, 2014) com a jornalista Christina Lamb. Encerrada minha última leitura, decidi que queria ler algo mais pesado, que me desse uma sacudida, um verdadeiro choque de realidade. Imaginei que a história de Malala seria ideal para que eu fosse mais grata a tudo o que tenho e que ainda está ao meu alcance. Mas o livro vai bem mais longe e conduz o leitor por temáticas importantíssimas e por um universo tão próximo e, ao mesmo tempo, muito distante do nosso conhecido e confortável ocidente. "A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo talibã". Essa simples frase já é suficiente para nos fazer refletir. Afinal, por que uma criança seria alvo de um grupo extremista por defender um direito aparentemente tão fundamental? O livro traz sua história em ordem cronológica, passando pela infância de Malal...