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Mostrando postagens de 2013

Nos meus rascunhos...

Esse texto é do dia 03/10/2013. Estava nos meus rascunhos de email por ser muito íntimo, mas percebi que não tenho porque não publicá-lo. É sobre a emoção pura e sincera de uma neta. *** Meu avô tem câncer. E não é de hoje. A doença foi descoberta em 2007 se não me engano. E quem leu o diagnóstico pela primeira vez foi minha mãe, a filha. Agora imagina o que é dar uma notícia dessas para o seu próprio pai. Foi preciso medir palavras, pesar as frases a serem ditas e conter a emoção. Mas as palavras precisam ser ditas sempre (ou quase sempre). Logo o meu avô, o Seu Manuel, tão forte e jovial. Não aparentava a idade que tinha seja pela sua força ou pelos cabelos pretinhos, no auge dos seus 70 e alguma coisa. Logo o meu avô, sisudo e sério. Eu tinha medo dele quando pequena, mas conforme fui crescendo, aquele carinho de neta cresceu junto. Afinal, como não admirar um feirante que criou duas filhas, que as viu crescer, se formarem, casarem e terem filhos. Que está vendo seus netos cres...

12 horas sem celular

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Pelo menos uma vez por semana quando estou caminhando para o ponto de ônibus tenho a sensação de que esqueci meu celular em casa. Checo e ele está lá lindo e belo para me acompanhar durante o dia. Mas hoje procurei quando estava dentro do ônibus e ele não estava comigo, eu realmente esqueci. E a partir daí eu teria que viver 12 horas sem ele. Estava atrasada e ele já começou a fazer falta no metrô. Todos os dias conecto meu fone e ouço podcasts ou uma rádio e jogo joguinhos. O tempo passa voando e ainda aproveito esse tempo o tornando útil. Hoje foi diferente. Não tinha nenhum livro na bolsa então tive que curtir a agonia de parar de estação em estação, acompanhando o relógio avançando. Achei que as portas demoram muito a fechar a cada estação. Pode até ser um tempo padrão, mas nunca reparei porque me ocupava com meu celular. Pensei em avisar a chefe que ia chegar uns vinte minutinhos atrasada. Mas como? No final me entretive com duas crianças fofas perto de mim. Ao longo do di...

Sobre a fé que me faz otimista

E quando tudo parece perdido ela vem e me encoraja. É ela quem renova o oxigênio que eu respiro quando o ar parece faltar, é um respiro, um suspiro, uma dose a mais de fôlego. A fé. É um estado de espírito, é a motivação quando o restante do mundo parece ruir ao meu redor. É o último fio de esperança. É a crença no impossível, no sobrenatural, no cientificamente improvável e no fisicamente impossível. A fé renova a vida, salva vidas e gera a vida. A fé é a crença na vida e, para alguns, na vida eterna. A fé ultrapassa a coisidade das coisas, o plano terreno e viaja além dessa vida. A fé é a última gota no deserto. É injeção de ânimo, é alegria. É a crença na mudança. É a crença no passado que não foi vivido, no presente sem saída e no futuro melhor. É a lágrima que leva ao sorriso. É a fé que alimenta o sonho. Enquanto há fé, há esperança.

Bom dia pra você também!

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Não é de hoje que faço questão de cumprimentar motorista e cobrador todas vezes que embarco nos ônibus. E também não é de hoje que 80% das vezes não obtenho resposta. Dos 20% restantes, 15% correspondem aos que fazem um leve aceno de cabeça e os outros 5%, esses sim, respondem à minha saudação. Houve uma época em que desisti de ser educada, era ofensivo "ficar no vácuo". Mas depois retomei meus bons dias, boas tardes e noites. Não tenho culpa da falta de educação deles, não é mesmo? Rotina estressante e problemas fazem parte da vida de qualquer ser humano do século XXI e são esses pequenos gestos, ou melhor, a ausência deles, que atrasam o nosso país. Hoje tive vergonha alheia porque frente a frente com a cobradora, pronunciei um sonoro bom dia e ela não demonstrou qualquer tipo de emoção. Engraçado que eu fiquei super sem graça, por ela. Afinal eu não tinha motivo para me sentir assim. Se eu fosse um dos passageiros que já estavam no interior do ônibus me sentiria da m...

Acredite!

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"Se for pra ser, será."

Sobre motivação

Acabei de ler um texto que parece ter sido escrito para mim, lá no Agora Sim! , lindo blog que conta histórias de pessoas que mudaram completamente suas vidas (acho que já comentei por aqui). E ontem também assisti um vídeo fantástico por lá! Daquelas coisas que inspiram, nos fazem pensar e nos motivam. O texto "Não se acomode" traz sete dicas que nos fazem refletir se estamos contentes com o que fazemos. E, mais. E, melhor, nos motivam a repensar escolhas e não cair no comodismo. E daí, lá pelo meio li:Por que qual é o sentido de viver, se você não está crescendo? Não perca a sua motivação só porque é fácil se acomodar. Esses dias, inclusive, estava conversando com uma colega de trabalho. Se não estou feliz, caio fora meesmo. (É claro que só tomo esse tipo de decisão depois de pensar um bocado, depois de colocar tudo na balança dentro da minha cabecinha fervilhante.) Mas o que é a vida senão a busca pela felicidade? E ser feliz inclui crescer, mudar, se deixar transfor...

Errar é humano

Aposto que você já perdeu as contas de quantas vezes ouviu essa máxima: "Errar é humano". Ou quem sabe: "atire a primeira pedra quem nunca cometeu pecado" ou "ninguém é perfeito". Na teoria estamos bem alinhados, mas na prática ninguém reconhece seu potencial de erro e o quanto o ser humano é falho. Tenho assistido cenas de pessoas cada vez mais intolerantes e prepotentes que têm arrogância e julgamentos na ponta da língua para defenderem que estão corretas ou para encobrirem seus erros. Todos parecem intocáveis, parecem ocupar uma redoma de vidro, não podem ser questionados ou contrariados. Caso isso aconteça uma reação é imediata: ou se revoltam expondo o erro do outro ou se escondem para que ninguém perceba sua falha. Se errar é humano porque não assumimos de vez nossa condição? Mas não. Nos sentimos tão superiores que somos intocáveis, quase inatingíveis. Quando o ser humano conseguir reconhecer que é passível de erro e que isso não é motivo de ver...

Quero voar

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Quero voar! Quero alçar voos mais interessantes. Topar com correntes de ar diferentes das que já conheço e aprender com elas novos modos de voar. Quero me arriscar por paisagens desconhecidas, por mais que isso possa trazer algum medo. Afinal, a segurança só pode ser conquistada quando enfrentamos as incertezas, quando acreditamos que no futuro algo bom nos espera. E nisso eu acredito e é nessa fé que persigo meus sonhos.

Setembro, seja bem vindo!

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A cada novo mês pipocam nas redes sociais mensagens de boas vindas para o mês, desejosas de coisas positivas para as próximas semanas. E o mês que se encerra é sempre um fracasso, o que é ainda mais engraçado. Até agora parece que nenhum mês foi bom o suficiente e a cada "virada" a esperança se renova. Não tenho encarado 2013 dessa maneira, mas confesso que fiquei feliz com o fim de agosto, ô mês difícil! E hoje, plena segundona, estou cheia de disposição para colocar projetinhos antigos e que não saíam do papel em prática. Acho que é assim que as pessoas têm visto as mudanças de mês, como um pretexto ou um motivo para recomeçar a dieta, voltar a estudar, largar um vício e por aí vai... É como se fosse um Réveillon mensal. Todo final de ano fazemos promessas e resoluções para o ano seguinte. Na prática é só uma noite que separa um ano do outro, mas acredito que o ser humano precisa de estímulos para se reinventar, para promover mudanças e crescer. Tudo bem que não co...

Antes de Dormir

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Surpreendente. Essa é a palavra que melhor define o livro Antes de Dormir , de S. J. Watson. Você passa o livro inteiro vivendo as angústias de Christine, uma mulher de quarenta e poucos anos que sofre de amnésia. Depois de sofrer um acidente, há quase vinte anos atrás, ela acorda todos os dias sem se lembrar de quase nada sobre sua vida, sequer que é casada. Pensa que ainda tem seus 20 anos e não reconhece nem mesmo as mudanças do seu corpo. Encorajada por um médico, começa a escrever um diário até que se depara com a seguinte frase: "Não confie em Ben.", seu marido. O que estava acontecendo? A narrativa às vezes é melancólica e angustiante. Você fica naquela ânsia de saber com precisão o que aconteceu e o que está se passando agora. E acaba vivendo as mesmas incertezas da personagem, já que é ela quem narra a história. Passando um pouco da metade, eu já estava meio decepcionada porque parecia que a coisa não se desenrolava, não chegava em lugar nenhum até que... tcharan...

Quando parte dela foi para São Paulo

Hoje um pedacinho dela viajou. Essa foi a única conclusão a que pôde chegar para explicar a leveza e a ausência que incrivelmente se misturavam em seu coração. Era isso: parte dela não estava ali. Na noite anterior lágrimas caíram sobre o travesseiro com os rostos ainda colados. E hoje novas lágrimas desceram na sala de embarque e depois, vazio. Faltava alguma coisa e era verdade, os dois eram um. Um único e verdadeiro amor .

A culpa é das estrelas

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Vi A Culpa é das estrelas , de John Green, pelos blogs da vida e descobri uma versão em pdf. Baixei despretensiosamente e comecei a ler meio que de brincadeira e não consegui mais parar. É uma narrativa em que os personagens vivem no limite da vida, da morte, entre as alegrias de um amor e a tristeza do câncer terminal. Hazel e Gus são apaixonantes porque revelam os altos e baixos que envolvem a vida de dois jovens que precisam conviver com a doença e a cada dia buscar razões para lutar até o fim. É nobre, é muito bonito de ver personagens tão profundos. Muitas vezes durante a leitura me questionei se teria metade da força de vontade deles ou um terço do bom humor e sarcasmo com os quais eles lidam com situações limite. Acho que eu seria só lágrimas... Há instantes de fraqueza, choro e desânimo, mas também tem alegria e muita coragem. Passei por um trecho chatinho, confesso, mas não foi suficiente para me fazer desistir da leitura. (Entendo que todo livro tem momentos menos leg...

Meu diário da JMJ Rio 2013 - parte 2

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Continuação.... Dia 24/07 noite - Primeira vez como voluntária Neste dia trabalhei normalmente (o dia todo) e dei uma bela espiadinha na missa do papa em Aparecida (só emoção, como relatei no post anterior ♥). Quando cheguei em casa foi hora de tomar banho, me arrumar e jantar rapidinho porque esse seria meu primeiro dia como voluntária de fato. Peguei minhas muambas e parti e ganhei uma carona do meu pai até a escola que serviu de alojamento para mais de 200 peregrinas. O tempo ficou muito ruim nessa semana, com direito a chuva e temperaturas baixas que em nada combinavam com o nosso Rio de Janeiro. Fecha parênteses. O trabalho foi tranquilo, tive apenas que ficar de olho na chegada das peregrinas que deveria acontecer até meia noite e checar se estava tudo ok. Resultado: fui dormir quase uma da manhã e feliz! Dia 25/07 - Catequese e Acolhida do papa + segunda vez como voluntária Acordei às 6h e depois às 7h. O tempo parecia ainda pior e choveu bastante pela manhã, meu corpo doí...

Meu diário da JMJ Rio 2013

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A primeira vez em que ouvi falar sobre Jornada Mundial da Juventude foi no final de 2010, meses antes da última jornada em Madri. Nessa época uma colega comentou que poderíamos nos organizar para viajar e que não sairia tão caro, mas o assunto morreu até que o Rio de Janeiro fosse anunciado como a próxima cidade sede desse evento grandioso. Assim que abriram as inscrições me inscrevi como voluntária mesmo cheia de incertezas. Estava terminando a faculdade e não podia prever como seriam meus horários, por isso escolhi apenas os finais de semana como dias disponíveis. Aos poucos o comentário foi aumentando, principalmente ano passado com alguns eventos já na contagem regressiva. Na minha paróquia tivemos uma gincana e algumas caminhadas, sempre convocando toda a comunidade, mas os jovens com um carinho especial. O ano de 2013 começou cheio de expectativas e novas informações foram chegando aos poucos e hoje escrevo no segundo dia da JMJ Rio 2013 e já tenho histórias e impressões ...

Ordinarius

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Navegando por aí encontrei um grupo vocal carioca muito interessante, o Ordinarius. Ouvi algumas músicas do projeto Cover Flow, músicas super famosas, clássicos como Black Street Boys e Michael Jackson, são regravadas pelo sexteto e é puro amor! Me apaixonei ♥ Além de participar desse projeto, o grupo tem um CD lançado ano passado e que está disponível no site deles para ouvir online. Vale a pena conhecer! Eu adoro essa coisa de capela, de vozes sincronizadas, tipo aqueles corais americanos. Você vê que é um trabalho muito cuidadoso de voz e interpretação das canções. Um aperitivo:

Revirando a armário: A Escrava Isaura, o clássico

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A Escrava Isaura , de Bernardo Guimarães é um clássico dos clássicos. Mas sem orgulho nenhum confesso que a única coisa que sabia da pobrezinha é que era uma escrava branca (não vi a novela baseada no livro). Já tinha terminado de ler O Garoto no Convés e queria continuar minha maratona sem gastar dindin. Foi então que me lembrei desse livro há anos esquecido no armário. A história dele merece um belo parênteses: (Esse livro não foi comprado, nem ganhado ou herdado, foi resgatado em 2008. Nesse ano, fazia pré-vestibular e tinha aulas até nove e blau da noite. Um belo dia ia eu e alguns amigos saltitantes pelo centro de Nova Iguaçu em direção ao ponto de ônibus quando passamos pelo local onde estava rolando uma feira de livros, entre usados e novos. Quando nos aproximamos vimos muitos livros dentro de lixeiras laranjinhas da Prefeitura e espalhados pelo chão, certamente esperando a Comlurb levá-los embora. Pegamos quantos livros pudemos, mas infelizmente muitos continuaram lá. E A Esc...

Em busca da felicidade

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Felicidade ou momentos felizes? Várias vezes já me questionaram sobre isso, se eu acreditava que a felicidade, de modo pleno, existia. Preferi acreditar que os momentos felizes predominam, em uma visão cautelosa do mundo. Não sei se estava errada, mas o que importa agora é que acredito que todos nós buscamos ser felizes em todas as áreas de nossas vidas, carreira, vida pessoal e social. Essa não é tarefa fácil, ainda mais se considerarmos a necessidade de conciliar tudo ao mesmo tempo agora. Descobri alguns sites interessantes, que prometem compor a nova geração dos conteúdos de autoajuda, o continuecurioso , Escolha sua vida e Agora Sim! . Em comum eles têm o propósito de mostrar que ser feliz no seu trabalho ou em sua vida social não precisa ter como pré requisitos caminhos convencionais de faculdade, estágio, contratação, promoção e aposentadoria. A busca pela realização passa pelo autoconhecimento, pelo empreendedorismo e pelo famoso "sem medo de ser feliz". Além...

Se sentimentos fossem gente

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Lindo demais, né? Esse é um projeto muito bacana, o Se sentimentos fossem gente . O livro está disponível para download no site, cheinho de sentimentos fofamente descritos. É de uma singeleza incrível! ♥

Então é 1º de julho e o que você fez?

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Nada. Essa é a minha sensação hoje ao parar para pensar que metade do ano já foi embora e é dada a largada para o segundo e último semestre de 2013. Além daquelas exclamações: "Estou ficando velha!", "Como o tempo passa rápido!" e "Parece que foi ontem!", estou com aquela sensação (ou talvez seja real, muito real!!! :/) que não fiz absolutamente nada do que me propus ou, pelo menos, idealizei e coloquei nas minhas infinitas listas de to do . Hora de fazer o balanço, minha gente! E mais: correr atrás do tempo perdido. E é pra ontem, viu?!

Por um país melhor

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O texto é longo! Mas não poderia deixar de registrar minha opinião nesse cantinho. Desde que me entendo por gente nunca vi nada parecido com o que tem acontecido nos últimos dias no Brasil. Mudanças são mais que necessárias, são urgentes. E o povo sabe disso porque sente na pele os efeitos de uma administração pública omissa. (É bem verdade que foi esse mesmo povo que elegeu a classe de governantes que hoje escolhem quais os investimentos prioritários, mas isso já é uma luta que fica para as urnas, ano que vem.) E foi assim que, com o estopim do aumento das tarifas dos ônibus, um grupo organizado pelas redes sociais iniciou um movimento clamando por mudanças. Diante das críticas de que seria uma movimentação desnecessária se considerados apenas 20 centavos, rapidamente teve início o #nãosãosó20centavos . E realmente não são. Inúmeros virais começaram a circular pela internet citando os gastos com Copa e Olimpíadas, enquanto a Saúde e Educação continuam precárias. Os bilhões gast...

Você é insubstituível

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Você é insubstituível , de Augusto Cury, é um livro encantador. O reli recentemente (a primeira vez em que o li foi em 2007 e o presenteei a uma amiga da época). Esse é aquele tipo de livro, fora todos os preconceitos com livros de autoajuda, se é que posso classificá-lo como tal, que temos vontade de carregar na bolsa, presentear e dividir com todos aqueles que amamos e queremos bem. No momentos de baixa autoestima é um excelente remédio. Simples, direto e verdadeiro, Você é insubstituível narra nossa biografia e nos faz acreditar que somos minimamente importantes nesse mundão de meu Deus. Cheio de exemplos e comparações. Acho que foi uma baita sacada do autor buscar elementos tão genuínos da natureza humana para nos mostrar o quanto somos especiais. Se você está desanimado e se achando a pior das criaturas, recomendo a leitura. Se não, recomendo mesmo assim. O livro é curtíssimo, baratíssimo (edição de bolso custa uns 10 reais!) e está disponível em PDF na internet para downloa...

O Garoto no Convés

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Mais um livro! Estive tentando fazer as contas para saber em média quanto tempo levei para terminá-lo, mas não cheguei a nada muito concreto. Acho que algo em torno de um mês e mais alguma coisa. Muito tempo para um bom livro. (Mas nesse meio tempo reli o amado Você é Insubstituível ♥ e pouco ou quase nada li em casa, priorizei as viagens de trem e como é um livro grosso e pesado o deixei na mesinha de cabeceira por alguns dias.) Deixando contas de lado, O Garoto no Convés , de John Boyne, é um livro envolvente, talvez não o tenha deixado me envolver tanto quanto gostaria pelos comentários acima . A história baseada em fatos reais me chamou a atenção quando li a sinopse, além é claro da boa referência que tinha do célebre O Menino do Pijama Listrado (do mesmo autor). Não lembro muito bem da história deste, mas era algo delicado e marcante, com toques de realidade que transportavam o leitor a um passado que talvez ele nem tenha experimentado, como era o meu caso. Em O Gar...

Texto esquecido nos rascunhos

Texto do dia 04 de fevereiro de 2013. Estava ali esquecido no rascunho dos meus emails. Hoje o reli e trouxe aqui para o blog (que naquele dia ainda não existia). Meu emails às vezes também foi divã antes desse espaço e até hoje para o caso de textos impublicáveis! ;) *** Acho que não sofro da síndrome do Peter Pan, não cheguei a esse ponto, mas confesso que tenho tido dificuldade para crescer. As pessoas podem dizer, "Nossa, você ainda é muito nova, ainda tem muita coisa pra viver, não ta velha coisa nenhuma", mas por mais que eu tente está difícil de acreditar. 22 anos já se passaram e, às vezes, a sensação que eu tenho, é que tudo passou num sopro. Parece que não curti cada segundinho, não absorvi ao máximo o tempo, os lugares, as pessoas. E tenho provas disso! Provas que fizeram eu me sentir assim, meio coroa, meio jovem, achando que to desperdiçando vida pelos cantos, pelos anos. Estou me formando. Acredite, pelo menos 4 anos já se passaram desde aquele dia em...

Hoje eu queria meu edredom

Sabe quando você precisa se esconder por alguns instantes? É exatamente assim que estou me sentindo hoje. Para curar esse sintoma eu queria minha casa, minha cama e meu cobertor. Esse trinômio aconchegante capaz de me transportar para uma dimensão de vazio e silêncio. Queria me esconder do mundo por uns minutinhos. Durante esse tempo eu me sentiria verdadeiramente viva, mas inerte, adormecida em minha existência. Sentiria a vida que pulsa em meu peito e ao mesmo tempo não teria a urgência da tomada de decisões e nem o ímpeto do fazer . Queria apenas  ser e estar no mundo, existir no silêncio profundo da madrugada, totalmente coberta por meu edredom-protetor-casulo. E passado esse tempo, eu abriria meus olhos e veria tudo límpido e simples de se viver. Não me sentiria só nesse mundão. E essa paz profunda tornaria tudo mais fácil, espontâneo. As respostas chegariam sem que eu precisasse implorar por elas. Eu só precisava desse pequeno instante para me refazer.

Uma dose de silêncio, por favor

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"O tempo é o melhor remédio". Isso é o que dizem por aí. Ultimamente, no entanto, acho que o verdadeiro remedinho milagroso é o silêncio . Ele vem de mansinho, com aquela calma toda, nele você pode esbravejar qualquer coisa com total privacidade. Depois de ingerir algumas doses já é possível perceber seus efeitos. Você consegue se ver e ver o outro, analisa situações, digere outras, formula possíveis soluções. Silenciar é uma excelente arma contra o inimigo (a exemplo do perdão). O que o adversário espera de você é um verdadeiro debate, frases de impacto e de repente até uns palavrões. Aí você vai lá e pá: ..... ( cri cri cri ). Nem vale dizer que isso é golpe baixo porque você não disse nada, está absorvendo a situação e "aceitando" a opinião do outro (pelo menos externamente). Instantes depois bate uma leveza incrível. É um verdadeiro sentimento de superioridade (isso mesmo) por saber ultrapassar aquele embate com tranquilidade. Pode parecer exagero, ma...

O que o universo espera de você

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A sociedade exige de você uma autoestima elevada (na verdade de elevada a elevadíssima) todos os dias. All time, On Time, Full Time. Somos cobrados o tempo todo: por um corpo perfeito, leia-se de uma panicat ou outra famosidade. Por uma inteligência e perspicácia que às vezes desafiam os limites do humano (já que as informações são lançadas a todo momento diante de nossas telinhas e mal temos tempo de recebê-las, imagina processá-las!). Temos que ser felizes e bem sucedidos todos os dias, desde o acordar, passando pelo dia até deitar no travesseiro (quando suspiramos aliviados, acredito). Olha, cheguei à conclusão de que esses estereótipos para além do que são exigem um esforço cotidiano de autoestima e autoconfiança. Deixa eu tentar me explicar melhor. E se eu quiser fazer uma atividade só porque desejo ter mais qualidade de vida ou bem estar e alguém me diz: ih, mas isso aí não dá corpo não... Cara, eu não preciso ter uma coxa enorme, eu só quero fazer alguma coisa que me dê pr...

De olho na moda

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Recentemente tenho visitado alguns blogs de moda (existem inúmeros!). Algumas meninas, inclusive, vivem disso, blogar no mundo da moda. Nunca fui muito adepta de tendências, mas é realmente uma indústria, seja do ponto de vista mercadológico propriamente dito ou pela circulação de ideias. Tentei me atualizar um pouco com as dicas dessas experts, mas a moda está nas ruas me dando vários pitacos. E quem acha que moda ainda é algo elitizado e restrito ao mundo das passarelas, camarins e blogs de it girls  está enganado! Numa tarde de domingo estava eu no Caxias-Nilópolis, quando a conversa de três meninas tipicamente suburbanas (mas altamente antenadas) chamou minha atenção. Abaixo uma seleção dos trechos mais interessantes: _ Melissa é coisa de mulher da favela. Tu pode ver que as garotas só compram Melissa; é ruim de eu gastar 80 reais naquele negócio de plástico. _ É verdade! Quando vou na praia, pode ver que só quem vai de Melissa é o pessoal da favela. Eu vou de Havaiana...

Fofura em discografia

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Engraçado como nunca fui mega-fã de música (nem tenho um ídolo musical). Naquela época de pré-adolescente sempre estava atualizada sobre os novos hits, embora nunca soubesse exatamente quais os cantores ou bandas e os nomes das músicas. Agora de vez em quando me bate uma vontade e começo a pesquisar artistas e músicas no Youtube ou baixo algumas que gosto e ouço no trem (quando não estou lendo e quero que a viagem passe mais rápido). Esses dias baixei algumas discografias (coisa que eu nunca havia feito, mas sugestão do namorado que diz que as músicas não comerciais podem ser muito mais legais). Baixei dois CDs do Jason Mraz, o do Marcelo Jeneci e da Clarice Falcão. Me apaixonei ♥ Sou adepta das músicas mais lentinhas ou num embalo melódico meio surfista ou havaiano (dentre outros, é claro) e gostei da maior parte das músicas. O problema são aquelas que acabam meio baixo astral de tão arrastadas, aí tenho que pular porque isso me contagia negativamente. As preferidas: Jason ...

A polêmica beleza feminina

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Vira e mexe alguns assuntos viram pauta do momento, seja em formato de notícias, artigos ou campanhas publicitárias. Um dos últimos que tenho visto é a beleza feminina . De um lado a já sabida valorização de corpos esculturais e "perfeitos" do ponto de vista do senso comum vigente (digo isso porque as gordinhas já foram consideradas as mais belas) e do outro a tentativa de reconhecimento de corpos com outras curvas como igualmente belos. Nas últimas semanas vi iniciativas muito legais, exatamente na contramão dessa padronização nada saudável da beleza. (E vou destacá-las em seguida!) Devido a essa exigência (que muitas vezes está implícita), meninas ainda novinhas estão usando saltos altos e roupas sensuais, com uma rotina de exercícios intensa para alcançar o corpo que adotou como referência, uma modelo, cantora ou atriz. Outras mulheres passam a vida inteira nessa busca incessante e por mais magras que sejam não se reconhecem como belas porque não tem o cabelo daquele j...

Sobre bebês e o milagre da vida

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Quando o assunto é gravidez e ter filhos ainda estou meio reticente. Ok, tenho apenas 22 anos e nem tenho marido. Mas o que estou falando é meio futurístico porque hoje não penso nisso concretamente. Penso que é algo "natural", digamos que faz parte de uma evolução meio que programada na vida da mulher, não que isso seja uma obrigatoriedade e condição para a felicidade. Penso que ter um filho é algo que vai muito além do cuti cuti, que coisinha fofa ou do "só me senti completa depois que fui mãe". Essas podem ser consequências, mas existe muito mais envolvido. É uma decisão importantíssima para o casal (em especial para a mulher) que precisa ter maturidade para lidar com a ideia de um novo membro na família, com as noites mal dormidas, com um serzinho que depende de você, com a responsabilidade de fazer dele um bom cidadão etc etc. Não quero aqui dizer que a maternidade é algo negativo (às vezes sou mal interpretada, do tipo: você não quer ter filhos?! Como...

O lado bom da vida

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Mais um livro daqueles que te seguram do início ao fim. Tenho certeza de estou apaixonada por um livro quando começo a pular algumas linhas em meio à ansiedade de querer saber o que vai acontecer depois. E isso aconteceu várias vezes em  O lado bom da vida , de Matthew Quick. Não posso dizer que o livro é perfeito, mas seu personagem principal é tão encantador e me fez refletir tanto sobre o lado bom da vida que as possíveis críticas perderam espaço. A maior parte da história se passa com Pat Peoples tentando "praticar ser gentil ao invés de ter razão" (em suas palavras). Fiquei pensando nesse princípio que ele tomou como base para reconquistar sua Nikki e pôr fim ao "tempo separados" e achei muito nobre. Somente depois de mais algumas páginas percebi que isso se aplicava em outros contextos que transcendem ao livro. Quando olhei para mim, vi que essa é uma das coisas que procuro fazer (embora nomeie de forma diferente, como a arte de silenciar para evitar co...

Enfim, O Anjo Pornográfico

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O Anjo Pornográfico. Esse é o título do livro que eu acabei de ler, título que eu tinha vergonha de exibir no trem! Isso porque as pessoas simplesmente associam com pornografia de verdade, o que não é beem assim. Tive dificuldades para ler esse livro. O conheci através daquela sugestão "livros que todo jornalista deve ler" de uma professora na faculdade em 2010. Ele ficou rolando no armário até que eu começasse aquela leitura do tipo começa-para. Durante a greve, no segundo semestre do ano passado, dei um "gás" de algumas páginas e depois parei de novo. Monografia a vista, stop everybody . O livro era tão somente mais um item na minha mesinha de cabeceira (e para ser bem sincera, só estava ali para amortecer o vibrar do meu celular despertando) . Com o fim da faculdade e a a constante pressão para tirar aquela "coisa" dali, retomei de fato a leitura até que... Querido John surgiu em minha vida, me levou e conquistou. Depois disso, me obriguei a te...

Lições nossas de cada dia

Quem utiliza frequentemente os meios de transporte coletivo da cidade do Rio sabe que existem lições básicas a serem aprendidas. São  macetes  que tornam a viagem menos desagradável e um pouco mais prática. Abaixo estão algumas dicas: 1 . Se você está carente ou sentindo falta de alguém, abrace o ferro do metrô, trem ou ônibus. Essa dica é infalível, não há nada mais reconfortante. 2 . Se você está cansado de um longo dia de trabalho e mais uma vez está viajando em pé, aproveite as portas do trem ou metrô, deite-se sobre os ferros ou, ainda, sente-se nos degraus da porta de desembarque do ônibus. 3. Se o maquinista disser "este trem está sendo vistoriado" nas estações de Deodoro ou Engenho de Dentro, de duas uma: ou o trem vai "variar" ali mesmo ou o condutor está enrolando para bater sua carga horária e fazer um número menor de viagens. 4 . Se você chega na Central do Brasil e vê vários guardinhas da Supervia e mais alguns policiais, nem adianta querer tap...

Leituras, a retomada!

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Órfã. Foi assim que defini meu sentimento depois de ler Querido John . Depois de praticamente 4 anos sem ler descompromissadamente (o que me desse na telha, sem precisar gastar todo meu tempo com leituras  obrigatórias da faculdade) terminei o primeiro livro pós-formada. Na verdade foi um suspiro, mal comecei, acabei. Romance. Talvez seja essa uma das possíveis justificativas para eu ter lido tão rápido. Mas a narrativa envolvente e descritiva do autor, Nicholas Sparks, me carregou pelas páginas em poucas viagens de trem. Com altos e baixos, lia compulsivamente. Foi um misto de uma possível crise abstinência saciada e empolgação com o enredo. Enfim, a história pode ser considerada triste pelas românticas de plantão (como eu!), mas não deixa de ser um relato da vida real, quando nem sempre as coisas terminam ou se desenrolam como esperamos. Assim como em filmes, gosto de livros que trazem mensagens, ensinamentos. E Querido John acertou em cheio nesse quesito! É triste, mas é...